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Entardecer com contos

Texto—António
Fontinha e Marta Silva

  

Convidados—Joaquim Mendes
Teixeira e Raul Pereira

Reatar a caminhada. Este foi o mote do projeto que recupera o património de narração oral em Guimarães para a Casa da Memória e faz lembrar as cumplicidades desenvolvidas no passado.

Era em casa onde se contavam os melhores contos, à volta do lume, em família, em comunidade, com lentidão. Então ocupamos o exterior debaixo da parreira, para aproveitar o calor que despontava e depois pusemos mesas bonitas, com o maior esmero, tudo para trazer para a Casa narrações de outros tempos e com todas as pessoas curiosas partilhar.

Pela mão de António Fontinha, outras vozes se juntaram. A descoberta fez parte deste projeto. Assim como a investigação e como o arquivo deste património oral. Estes contos ficaram para sempre serem encontrados num lugar que é não para olhos, mas para ouvidos: o Repositório da Casa da Memória.
As memórias que perduram do momento de ouvir contar histórias, indiciam os caminhos que estes entardeceres quiseram explorar. O desafio é ancestral: perpetuar o encanto de um ato imaterial que preserva o imaginário tradicional. A ocidente, esse ato tem vindo a ser redescoberto noutros contextos, como o da Casa da Memória.

O mote do primeiro entardecer foi então o de recuperar cumplicidades desenvolvidas com o Serviço Educativo do Centro Cultural Vila Flor, numa programação criada para Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura.

Na Casa da Memória, escutamos António Fontinha, o narrador que coordenou as Histórias do Princípio do Mundo, e Joaquim Mendes Teixeira, o anfitrião do Serão de Contos de Prazins – Santa Eufémia. O primeiro, com uma carreira profissional de mais de 25 anos, o segundo, genuíno detentor de um legado que partilha com gosto.

Os contos tradicionais, narrados nesse entardecer, vêm referenciados no catálogo português como pertencendo aos tipos ATU 157C* (Escondendo-se do homem), ATU 563 (A mesa, o burro e o pau) e ATU 298 (Competição entre o vento e o sol).

59:51

 

O mote do segundo entardecer foi o mundo rural. Em setembro, nos afazeres da ruralidade, destacou-se a vindima e, na nossa cultura, o vinho ocupa um lugar de destaque, surgindo recorrentemente em múltiplas narrativas de tradição oral.

Os contos tradicionais narrados nesse entardecer vêm referenciados no catálogo português como pertencendo aos tipos Car-Co 1405*B (O fantasma bebe vinho), ATU 1450 (A rapariga tola) e ATU 106 (As vozes dos animais).

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O mote do terceiro entardecer foi a transformação. A Fábrica Pátria transformou-se em Casa da Memória e, nos contos tradicionais, a metamorfose é a característica dos mais prestigiados Contos Maravilhosos.

Os contos tradicionais narrados nesse entardecer vêm referenciados no catálogo português como pertencendo aos tipos ATU 1169 (A troca de cabeças), ATU 1373A (A mulher com fastio), ATU 425A (O noivo animal), ATU 1336A (O homem que não reconhece o seu reflexo) e Ca-Ch 921J (Aprender até morrer).

01:15:15

Repositório

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Entardecer com contos Direitos reservados
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